Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:
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Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
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Zé Priquito (Duquinha),
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Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
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Chefe do puteiro (Aviões do forró),
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Mulher roleira (Saia Rodada),
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Mulher roleira a resposta (Forró Real),
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Chico Rola (Bonde do Forró),
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Banho de língua (Solteirões do Forró),
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Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
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Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
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Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
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Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
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Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).
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