O empresário Oscar Maroni Filho, 61, afirma que a boate Bahamas deve reabrir em dez dias. Ele obteve hoje no Tribunal de Justiça de São Paulo o direito de reaver o Habite-se da casa noturna de Moema, interditada em 2007, com a Prefeitura de São Paulo.
Oscar Maroni Filho, 61, dono da casa noturna Bahamas
"Dezesseis desembargadores dos 23 votaram a meu favor. Entenderam que o senhor Gilberto Kassab (PSD-SP) tem argumentos moralistas contra mim", afirma. "Sou um cidadão, tenho RG, temos uma Constituição que me garante o direito de retomar minhas atividades."
O caso foi julgado nesta quarta-feira por um órgão especial do TJ-SP. Na semana passada, o julgamento teve que ser interrompido após um desembargador pedir vistas ao processo.
O processo agora deve voltar à Subprefeitura da Vila Mariana, na zona sul de SP, que terá de decidir se dará ou não o documento.
A casa foi interditada pela prefeitura em 2007, sob a suspeita de favorecer a prostituição. Maroni chegou a ser condenado sob a acusação de se beneficiar da prostituição --ele recorre em liberdade.
A Prefeitura de São Paulo disse que não vai se pronunciar porque ainda não foi informada da decisão. Ela também não informou se vai recorrer.
O TJ-SP não confirmou o prazo de dez dias para a reabertura da boate.
PROPINA
Na semana passada, o empresário Oscar Maroni disse que Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor responsável pela aprovação de empreendimentos médios e grandes de São Paulo, pediu R$ 170 mil de propina para regularizar um hotel em Moema. Ele prestou depoimento ao Ministério Público de São Paulo.
Aref, como é conhecido o ex-diretor do Aprov (Departamento de Aprovação das Edificações), adquiriu 106 imóveis nos pouco mais de sete anos em que dirigiu o setor, como a TV Folha revelou na semana passada. (fonte: Folha de SP)